quinta-feira, 15 de abril de 2010

Catolicismo, Papa, pedofilia e tolerância de ponto

Se houve tempo em que ser comunista, era visto como um papão, chegou a vez do catolicismo passar pelo mesmo.
Como é óbvio, ninguém de bom senso ou de perfeito juízo mental concorda ou incentiva a praticas pedófilas. Se o abuso sexual, entre gente adulta, já é de uma violência extrema, o que dizer, cuja vitima é uma criança!? Não há desculpa, não pode haver desculpas. É crime! Ponto final. E como crime deve ser severamente punido com pena efectiva na sua totalidade. Dizem os estudos, que a maioria dos abusadores são próprios familiares, contudo, é uma infeliz pratica que atravessa toda a sociedade. Advogados, engenheiros, professores, médicos, trolhas, carpinteiros, homens de fortes e fracos recursos, estrangeiros, nacionais e também mulheres. Mas não se pode generalizar. Não podemos dizer que a Classe dos Advogados é pedófila, assim como a Ordem dos engenheiros, economistas ou o que quer que seja. Com isto, quero dizer, que me parece um pouco preconceituoso, o que se está a passar no actual momento em relação à Igreja Católica. Descobriu-se (ainda bem que assim foi) que existiram certos elementos do Clero, que tiveram praticas pedófilas e que os mais altos membros encobriram os factos. Vergonhoso, a meu ver, quem quer que tenha sido – Acólito, Padre, Cardeal, Bispo ou até mesmo o Papa. Quem encobriu os factos deve ser tão ou mais castigado como quem os praticou. E expulsos, pois a Igreja Católica é uma instituição, que pelos valores que defende e pela maneira como está implementada na sociedade, não merece ter esta gente nas suas fileiras. Mas para isso é necessário, descobrir a verdade - quem foi, quem encobriu, sendo o “onde foi” pouco relevante. Não podem os que desconhecem a história vir dizer que a igreja é um antro de pedofilia. Muitos, nunca gostaram de ver a sua presença na sociedade, aproveitando-se agora da situação para a enxovalhar – Há que ter respeito. Bem como, não podem vir a terreiro, membros da Igreja, conhecendo ou não a história, vir defender (o indefensável) quem quer que seja, com desculpas absurdas como associar a pedofilia à homossexualidade. Só desprestigia, ainda mais a instituição que não está a passar por um bom momento. A verdade acima de tudo, doa a quem doer e célere é o que se deseja.

A visita do Papa a Portugal e a tolerância de ponto dada aos trabalhadores da função pública é outro assunto que está a incendiar o país. Dizem os entendidos que a dita tolerância vai custar não sei quanto ao país. Acho que, sinceramente, não é argumento válido, mesmo dada a crise que o país atravessa. Ou melhor, parece-me que é só argumento, porque mais uma vez é a presença da igreja na sociedade que está em causa. Nunca ouvi ninguém fazer tanto rodapé com as outras dezenas de “pontes” que o país tem todos os anos. Muitas delas, associados a feriados que pouco ou nada dizem. O 13 de Maio, diz muito, não só aos portugueses como também a muitos estrangeiros. Alguém sabe ou tem conhecimento, de quantos milhares, todos os anos, pedem férias ou gozam folgas para o assinalar!? Pessoalmente, trocava muitos dos feriados existentes no calendário pelo 13 de Maio. Assim, como trocava a vinda a Lisboa da Nossa Senhora de Fátima pelo presente Papa, por quem ainda não ganhei grande afeição, não o colocando nunca ao nível do seu antecessor – João Paulo II.
Será de difícil compreensão, que quer se goste ou não, a visita do Papa é um momento histórico a que as pessoas não querem faltar!? Tendo “ponte” ou não a ausência ao trabalho de milhares de pessoas iria se notar. Há que acabar de vez, com este preconceito. Portugal, não é um país ateu, nem agnóstico. Portugal é um país, na sua maioria católico. Somos educados, tendo por base a doutrina e os valores católicos. Para muitos o ser católico é ir à missa todos os Domingos, confessar e tomar a hóstia. Não é! Ser católico é tal como em outras religiões, acreditar em algo que nos transcende. Algo que nos dá força e esperança. Algo que nos faz sentir bem após falar com o nosso “Deus”. E para isso, não é necessário ir à Igreja todos os Domingos.
É fácil criticar a Igreja, mas essas mesmas pessoas que o fazem esquecem-se o que a Igreja Católica, neste caso, faz pela sociedade. Quantas instituições não governamentais, quantos centros de estudo, de apoio e de tempos livres estão a ela associada. A quantas “bocas” dá de comer e de vestir. Quantos projectos de solidariedade, partem da Igreja católica. É claro, que não posso, nem devo acreditar em tudo o que a Igreja Católica defende. Mas as minhas divergências com ela, não são suficientes para dela me afastar.
Voltando ao assunto “ponte”, fica uma sugestão aos senhores que criticam tal acto. Vêm ai, alguns feriados… Que tal os substituir por dias de trabalho!? Afinal, é preciso combater a crise.

Sem comentários:

Enviar um comentário