terça-feira, 26 de junho de 2012

Não um, mas três balões pelo ar


Subiram dois no ar
Entre dezena de milhar.
Que empenho
Dedicação
Fervor amador
Nesta festa popular.
Após acesa a tocha
E a chama controlar,
Ar quente os ergueu
E não mais
(felizmente)
Os devolveu.
Céu limpo, colorido
Estrelado de balões
O primeiro
Na ribeira...
No cais da estiva
Se elevou.
Subiu, subiu
Mesmo antes
Do foguetório
E até perder de vista
O Douro atravessou
E em Gaia Pairou.
Foi o Nosso
Mesmo primeiro
Flutuar de emoções
Na festa Joanina
Já sabíamos,
Quem diria
Da arte secular
De balões lançar.
O segundo
Bem maior,
Confiança, adrenalina
Alta ia já hora
Anoitecer, madrugada
Largo de S. Domingos.
Entre prédios se ergueu
Perante vidrantes olhares
E tão bocas de pasmar
Já não era divina sorte
Fruto do acaso
Fácil o segredo:
Conjugação de equipa
E muita amizade.
O terceiro reza
A história
Fez o seu voo primeiro
Do coração partiu,
Pr`a outros foliões
Ainda embrulhadinho
Repartindo assim prazer
Brincadeiras, emoções
Em noite de S. João.

Fotografia de Miguel Jardim
(Com: Isabel Ribeiro, Maria João Drumond, Ana Manuela Ribeiro, Miguel Jardim e eu)

segunda-feira, 18 de junho de 2012

Pico do Castelo


Caminho…
Contigo, só com Deus.
No silencio da Natureza
Onde pássaros esvoaçam
E sardaniscas se afastam
A cada nosso passo
Escondendo-se, refugiando-se
Em Muros de pedras soltas.

Onde o vento sopra
Sem darmos conta
Do quanto o Sol
Que brilha, queima
Pele de nosso corpo.
Caminho…
Pelo trilho,
Que leva ao cume
Onde nuvens
Se juntam a nós
E o céu se encontra
Mais perto.
Caminho…
Contigo até ao cimo,
Onde Deus
Está mais perto
E presencia
Teu sorriso em flor
Ali, naquele pico
Do Castelo,
Árido, de pouca flora
Onde se avista
Todo um Céu,
Beijar imenso Mar…
Em Porto Santo.