quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Tejo Douro

Tejo!
Amigo confidente de uma vida.
Tágides que habitam em ti
Embelezando teu leito,
Espelhando Lisboa.
Mandai pelotão de gaivotas
Mensageiras da verdade
Ao curvilíneo Douro.
Gaivota que encabeça missão,
Levai em teu bico
Beijo sem demora,
Levai em tuas asas
Mimo fraterno de um abraço.
Corre suas margens
Desde a Foz à Ribeira.
Abraça Invicta Porto
Cidade universal.
Sobrevoa telhados,
Cúpulas, mil igrejas, capelas.
Clérigos, Santa Clara, Sé,
Carmo, Carmelitas
S. Pedro Miragaia.
Em S. Martinho de Lordelo pousa
Ouve cantar sinos
Badaladas de um coração.
Gaivota!
Grasna, guincha
No parapeito
Onde saudade mora
Alma sente.
Grasna, guincha
Alegremente, vivamente
Entrega mensagem,
Guarda imagem, seu sorriso.
Por uns minutos descansa
Ganha fôlego, energia
Volta ao cais de partida.
Depressa!
Voa depressa, bem alto
Ansiedade espera
Tua chegada, entrega...
Sorriso por ti guardado
Por mim saudoso.
Sorrio, descanso
Neste rio que é Tejo
Pensando Douro
Sorrio, descanso
Nesse sorriso que é Douro
Não esquecendo Tejo.