quinta-feira, 7 de abril de 2011

Tejo

Tejo!...
Que ouves meu desabafo
Frases soltas, palavras
Que mais ninguém quer escutar.
Que abraças minha alma
Ferida, angustiada
Deste mundo que não o meu.
Tejo!...
Vejo no teu ondular
Padrão de tuas vestes
Dançando para mim
Reanimando meu Ser.
No bater junto ao cais
Na melodia de tua voz
Acato teus conselhos
Orquestrados para mim.
Cacilheiro, catamarã
Veleiro, canoa
Deslizam em teu corpo
Em tela de Lisboa
Que pintas para mim.
Corro tuas margens
Acompanhando teu caminho
Debruço-me sobre ti
Salpicas meu rosto
Em gesto de carícia.
Tejo!...
Para onde vais!?
Na corrente de tuas águas
Leva meu coração
Saudoso de paixão.

Sem comentários:

Enviar um comentário