terça-feira, 22 de março de 2011

Andorinha

Andorinha
Da Primavera
Serpenteia Douro rio
Bebe de suas águas
Vem juntar teu voar
As garças, gaivotas
Pombos
Que habitam suas margens
E ao meu caminhar.
Andorinha
Doce Ser
Nidifica junto à foz
Onde Mar
Namora rio
Pousa, descansa
Reflecte
Em São Miguel – o Anjo
Que protege passantes
Ilumina navegantes
E abraça minha alma
Que longe chora
Distancia.
Sobrevoa Cantareira
Mira barcos, botes
Pesqueiros
Redes que trazem
Alimento
Artefactos de uma vida
Saboreia chegada
De um regresso
Desejado.
Silêncio de palavras
Beijo, abraço
Perdidos, ganhos
Nas asas
De um voar
Que se quer
Mais Além.
Voa, plana
No Marégrafo
Como vão
As marés!?
Ondas entram na barra
Bate meu coração
Sinaliza os momentos
Desta nossa paixão.
Andorinha
Nesse Forte
Contempla
Doces salgadas águas
Que salpicam
Pescadores
Embalam
Meu olhar
No embarcar
De teu sorriso.
Partida anunciada
Lágrimas
Correm meu rosto
Andorinha…
Que saudade.

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